A obra de filósofos como o alemão Martin Heidegger (1889-1976) serviria para apontar novos caminhos teóricos para pensar a Amazônia? O sociólogo e cientista social Renan Melo de Freitas Pinto, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), aposta que sim e aborda o tema em palestra no Musa (MUSEU DA AMAZONIA) nesta quinta-feira, dia 04 de março.
“Vivemos um momento novo de interpretação da Amazônia”, afirma Renan. “A discussão de questões relacionadas ao meio ambiente e às culturas tradicionais, por exemplo, tem muito a se beneficiar da base teórica oferecida por diferentes filósofos”, completa.
Para Renan, durante muito tempo aqueles que se dispuseram a estudar a Amazônia e seus autores se depararam com um algo semelhante a um “vazio teórico”. “Muitas vezes lemos autores como Euclides da Cunha mas não esclarecemos sua obra de maneira satisfatória”, exemplifica.
O pesquisador afirma que a situação começou a mudar e que algumas universidades abordam autores como Heidegger em seus cursos de pós-graduação.
Apontar os caminhos dessa mudança é propósito da palestra de Ernesto Renan Pinto. Além de analisar trechos da obra de Heidegger, o pesquisador falará sobre o trabalho do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer (1900-2002) e do francês Paul Ricoeur (1913-2005). “É claro que há outros autores importantes. Falarei sobre esses três, todos fortes críticos da ciência que acreditavam que há outros conhecimentos, como a arte e a filosofia, que conseguem explicar as situações”, afirma.
Palestra: Amazônia, uma abordagem filosófica
Palestrante: Ernesto Renan Melo de Freitas Pinto/ Ufam
Data: 04 de março
Horário: 17h
A entrada é gratuita
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