segunda-feira, 4 de maio de 2009

GOVERNO DOS EUA RECRUTA PIRATAS VIRTUAIS "ÉTICOS"

O governo dos Estados Unidos está em busca de piratas virtuais, mas não para prendê-los. A ideia é contratar pessoas que exercem esse tipo de atividade para que elas ajudem a melhorar a segurança das redes de comunicação do país.
No mês passado, a empresa General Dynamics Information Technology divulgou um anúncio em nome do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos à procura de pessoas que possam "pensar como um criminoso".
Os interessados, diz o anúncio, devem dominar as técnicas dos piratas virtuais e serem capazes de analisar o funcionamento da internet e identificar vulnerabilidades nos sistemas do governo.
Na semana passada, o secretário de Defesa, Robert Gates, afirmou que o Pentágono quer aumentar de 80 para 250, até 2011, o número de especialistas no assunto treinados por ano.
Após denúncias de que os Estados Unidos não estão bem preparados para ataques virtuais, a Casa Branca fez um estudo sobre como o governo pode usar a tecnologia para melhorar a segurança em áreas que vão da rede elétrica até a cobrança de impostos, passando por sistemas de controle aéreo e do mercado de ações.
Enquanto o país tem estratégias claras para agir no caso de um ataque aéreo, por exemplo, não há algo similar no que se refere à área digital. "Nós claramente não estamos preparados como deveríamos", afirmou David Powner, diretor de tecnologia do Government Accountability Office (GAO --o braço investigativo do Congresso norte-americano).
De acordo com Nadia Short, vice-presidente da General Dynamics Advanced Information Systems, o recrutamento de piratas virtuais "éticos" é uma medida crucial para as necessidade de segurança do país.
Até recentemente, havia dúvidas básicas sobre como combater esse problema --uma das dúvidas era, por exemplo, quem seria o responsável por gerenciar os programas de proteção para esse tipo de ataque.
Agora parece haver um consenso de que a própria Casa Branca assuma essa responsabilidade, rejeitando sugestões de que a National Security Agency (centro de espionagem do governo dos EUA) assumisse o controle --o plano havia sido contestado por organizações de defesa dos direitos civis.

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