terça-feira, 5 de maio de 2009

O mapa da TI nas empresas brasileiras

Bruno Ferrari, de INFO Online 28 de abril de 2009

Índice de informatização de empresas chega a 94% no Brasil. Do total 97% estão conectadas à internet

Um estudo realizado pela Comitê Gestor da Internet no Brasil mostra que 94% das empresas brasileiras possuem computadores. Pegando apenas companhias com mais de 50 funcionários, a informatização chega a 100%. A pesquisa, realizado em parceria com o Ibope, analisou 3,5 mil empresas nacionais com mais de 10 funcionários em todos os estados do Brasil.
O levantamento anual mostra que, em termos de infraestrutura básica – computadores e acesso à internet – o Brasil manteve o nível de maturidade do ano passado, quando foram registrados números muito similares. Das empresas que possuem computador, 97% têm acesso à web.
Conexões e velocidade
O tipo de conexão usada ainda tem a predominância do ADSL (65%). A participação desta tecnologia, no entanto, é a mesma desde 2006. O destaque é para o crescimento do acesso por cabo, que passou de 14% para 22% entre 2006 e 2008. Em contrapartida, o acesso discado caiu em representação de 14% para 5%.

Quando analisadas as empresas que possuem infraestrutura de redes, 83% das companhias têm uma rede (LAN) cabeada e 35% contam com uma rede sem fio. A intranet está presente em 37% das empresas e a extranet, em 21%. O percentual de empresas que não possui nenhum tipo de rede caiu de 13% em 2007 para 8% em 2008.Já em relação à velocidade de conexão, 60% das empresas disseram ter uma banda com velocidade mediana, entre 256 Kbps e 2 Mbps. 18% das entrevistadas têm um link de 256 Kbps ou menos enquanto, no outro extremo, o número de companhias com acesso superior a 2 Mbps representa 10% do total. Não souberam informar a velocidade da conexão 12% das empresas. “O dado mostra que o conhecimento sobre tecnologia dentro das empresas está aumentando, já que, em 2006, 28% das companhias não sabiam informar qual o tipo e a velocidade de suas conexões”, afirma Alexandre Barbosa, responsável pela pesquisa realizado pelo CGI.

Trabalho remoto
Trabalhar fora do escritório foi um dos indicadores que mais sofreu alteração nos últimos dois anos, segundo o estudo. A proporção de empresas cujos funcionários têm acesso remoto passou de 15% em 2006 para 21% em 2008. “Isso revela uma tendência de que, cada vez mais, as empresas estão oferecendo novos meios para que seus funcionários acessem a infraestrutura de TI da companhia remotamente”, afirma Barbosa.
Presença na web
A pesquisa também levantou a quantidade de empresas que possuem websites. Do total de empresas pesquisadas, 53% possuem um canal próprio na web. Houve um crescimento importante em relação ao ano passado, quando 46% das companhias possuíam site. Destaque para as empresas de grande porte - quase nove em cada dez corporações brasileiras nessa faixa têm uma página própria na internet.
Outro dado relevante é o número de participantes que se utiliza de sites de terceiros (ex. varejistas em sites como Buscapé e Mercado Livre), que responde por 20% das empresas que disseram não possuir sites próprios.

Mercado de redes terá 44 mil vagas no Brasil

A projeção feita pela IDC é de que o déficit de profissionais deve ultrapassar os 27% em 2010
O Brasil tem algumas áreas do setor de tecnologia que estão prestes a entrar em colapso de profissionais. Especialização em infraestrutura de redes é uma delas A notícia boa é que não é por excesso, mas sim por falta de mão-de-obra qualificada. De acordo com a IDC, no estudo Falhas de conhecimento de rede na América Latina 2008, a projeção é de que o déficit seja de aproximadamente 44 mil profissionais em 2010.O país responderá por 50% desse déficit na América Latina, que deve chegar a 90 mil especialistas em redes. O número equivale a um excedente de 27% na capacidade de profissionais que o mercado terá em um ano.

Para incentivar a formação de especialistas na área, empresas fornecedoras de infraestruturas de redes investem em programas para captação e treinamento de profissionais. A Cisco, por exemplo, acaba de anunciar o Cisco Networking Academy NetRiders 2009 uma competição regional com o objetivo de identificar e reconhecer os mais promissores especialistas em tecnologia de redes. No total, serão 140 mil estudantes que estão matriculados no programa Cisco Networking Academy na América Latina.
Serão três fases qualificatórias, com exames práticos e teóricos. Os 20 primeiros colocados de cada país serão incluídos no ranking postado no site da Cisco Networking Academy NetRiders 2009, com o propósito de identificação dos principais talentos. O site ficará disponível para mais de 4,5 mil parceiros registrados da Cisco na América Latina e para outras empresas que precisarem de funcionários qualificados para suas divisões de rede. Cinco finalistas, representando diferentes regiões da América Latina, permanecerão após a terceira fase da competição. Todos eles vão disputar a primeira colocação da Cisco Networking Academy NetRiders 2009. As inscrições podem ser feitas no site da Cisco em http://www.cisco.com/web/LA/netacad/netriders/index.html
Todos deverão passar nas avaliações online nas quais o conteúdo é relacionado ao projeto, instalação e gerenciamento de redes.

Quanto ganham os estagiários de tecnologia no Brasil

Sete meses depois de promulgada a nova Lei do Estágio (11.788/08), o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) apresentou uma pesquisa que revela a média de bolsa-auxílio oferecida aos estagiários por empresas de pequeno, médio e grande porte em todo país. Todos os estudantes consultados foram contratados depois da nova lei, ou seja, seus contratos já estão no novo padrão que, entre outras coisas, limita a carga horária a 30 horas semanais e assegura férias de 30 dias caso o contrato tenha duração igual ou superior a um ano.

A faixa salarial manteve-se estável. Não foi o que aconteceu com o número de vagas. Segundo a Associação Brasileira de Estágios (ABRES), esse número caiu de 1,1 milhão em 2008 para 900 mil este ano, o que representa uma queda de 18%. As causas para a queda são duas: a nova lei, que impõe restrições ao número de estagiários contratados por empresas e outros empecilhos, e a crise, que fez as empresas cortarem novas contratações. Para a pesquisa, foram consultados 12.140 no Brasil inteiro durante a primeira quinzena de abril de 2009. Confira os valores abaixo :


segunda-feira, 4 de maio de 2009

GOVERNO DOS EUA RECRUTA PIRATAS VIRTUAIS "ÉTICOS"

O governo dos Estados Unidos está em busca de piratas virtuais, mas não para prendê-los. A ideia é contratar pessoas que exercem esse tipo de atividade para que elas ajudem a melhorar a segurança das redes de comunicação do país.
No mês passado, a empresa General Dynamics Information Technology divulgou um anúncio em nome do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos à procura de pessoas que possam "pensar como um criminoso".
Os interessados, diz o anúncio, devem dominar as técnicas dos piratas virtuais e serem capazes de analisar o funcionamento da internet e identificar vulnerabilidades nos sistemas do governo.
Na semana passada, o secretário de Defesa, Robert Gates, afirmou que o Pentágono quer aumentar de 80 para 250, até 2011, o número de especialistas no assunto treinados por ano.
Após denúncias de que os Estados Unidos não estão bem preparados para ataques virtuais, a Casa Branca fez um estudo sobre como o governo pode usar a tecnologia para melhorar a segurança em áreas que vão da rede elétrica até a cobrança de impostos, passando por sistemas de controle aéreo e do mercado de ações.
Enquanto o país tem estratégias claras para agir no caso de um ataque aéreo, por exemplo, não há algo similar no que se refere à área digital. "Nós claramente não estamos preparados como deveríamos", afirmou David Powner, diretor de tecnologia do Government Accountability Office (GAO --o braço investigativo do Congresso norte-americano).
De acordo com Nadia Short, vice-presidente da General Dynamics Advanced Information Systems, o recrutamento de piratas virtuais "éticos" é uma medida crucial para as necessidade de segurança do país.
Até recentemente, havia dúvidas básicas sobre como combater esse problema --uma das dúvidas era, por exemplo, quem seria o responsável por gerenciar os programas de proteção para esse tipo de ataque.
Agora parece haver um consenso de que a própria Casa Branca assuma essa responsabilidade, rejeitando sugestões de que a National Security Agency (centro de espionagem do governo dos EUA) assumisse o controle --o plano havia sido contestado por organizações de defesa dos direitos civis.

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REINO UNIDO DESENVOLVE TECNOLOGIA PARA CONTROLAR E-MAILS, DIZ JORNAL

O governo britânico está desenvolvendo tecnologia secreta, com interesse de controle sobre todas as mensagens eletrônicas enviadas pela internet. A informação foi dada pelo jornal "The Sunday Times" no domingo (3/5/09).
O Centro de Comunicações do governo deverá interceptar e supervisionar todos os e-mails, os acessos à internet e a atividade nas redes sociais, além de qualquer tipo de ligações telefônicas.
Para isso, recorrerá a uma série de "caixas-pretas", que serão inseridas secretamente na infraestrutura de comunicações, afirma o jornal. O programa foi lançado há um ano. Sua existência, no entanto, foi descoberta graças a uma oferta de emprego publicada pelo Centro de Comunicações.
Na semana passada, a ministra do Interior britânica, Jacqui Smith, anunciou que o governo tinha decidido renunciar a seu tão ambicioso quanto polêmico plano de criar uma base de dados única, na qual seriam guardadas todas as comunicações feitas no país. A ministra não mencionou, no entanto, que o governo tinha decidido destinar mais de 1 milhão de euros em três anos a esse programa de espionagem dos cidadãos, aponta o jornal britânico. Segundo a diretora da organização de defesa dos direitos humanos Liberty, Shami Chakrabarti --ela mesma uma vítima recente da espionagem do governo--, o anúncio da ministra é só "uma cortina de fumaça".
"Fomos contra a base de dados 'Big Brother', porque permitia ao Estado ter acesso diretamente às comunicações de todos os cidadãos. Mas, com esta rede de caixas-pretas, pretende-se conseguir o mesmo, mas pela porta traseira", disse a advogada. Segundo fontes citadas pelo "The Sunday Times", o governo já concedeu um contrato no valor de 200 milhões de libras (224 milhões de euros) ao gigante americano do setor da defesa Lockheed Martin. Também foi assinado um segundo contrato com a Detica, empresa britânica de tecnologia da informação, que mantém estreitos vínculos com a espionagem britânica.

Espionagem e supercomputadores

Uma enorme sala com supercomputadores permitirá aos espiões do governo supervisionar e gravar os dados que passarem pelas caixas-pretas instaladas nas conexões dos serviços de internet e nas companhias telefônicas. Por enquanto, os espiões que trabalham nessa central só podem interceptar as comunicações em casos concretos e com autorização expressa do titular do Interior ou de um secretário de Estado, mas, com os novos planos do governo, todos os cidadãos do país poderão ser espionados o tempo todo, afirma o jornal.